terça-feira, 21 de outubro de 2008

Análise Crítica do Caso Eloá


O Brasil acompanhou atento o caso do seqüestro da adolescente Eloá acontecido em Santo André, Região do ABC de São Paulo. Este foi o caso de cárcere privado mais duradouro do país, a garota passou mais de 100 horas em poder do seqüestrador, o ex namorado Lindemberg Alvez, 22 anos, que não aceitava o fim do relacionamento, manteve a namorada e mais três amigos dela reféns que se encontravam no apartamento da vítima.

Logo no primeiro dia, o seqüestrador liberou dois adolescentes, já no dia seguinte libertou Nayara, mas essa voltou ao apartamento, pois era um dos pedidos nas negociações, mas acabou sendo mantida prisioneira novamente.
Depois de 100 horas de negociações a polícia resolveu invadir o apartamento, uma das imagens mais marcantes do caso foi o policial subindo por uma escada e invadindo o local através de uma janela. O desfecho do caso não foi dos melhores, Eloá foi morta com dois tiros na cabeça e um na virilha e Nayara saiu ferida por um tiro na boca e a cada dia aumentam as especulações e as contradições sobre o fato. A família de Nayara acusa a polícia, pois não autorizou o retorno da garota ao local do seqüestro e especialistas em segurança criticaram a ação da polícia, que não devia ter autorizado a volta da refém ao cativeiro e a ação precipitada na invasão ao apartamento.
Pelo menos um ato de grandiosidade e amor ao próximo chamou atenção, a família autorizou a doação de órgãos como coração, rins, fígado, córneas, dentre outros. Esses darão uma vida nova a pelo menos sete pessoas, que esperavam na penosa fila de transplantes e a boa ação serve de exemplo a todos nós.

Como se a repercussão do caso já não fosse o bastante, ainda surge mais um caso. Depois da tragédia descobriu-se o pai de Eloá é foragido da justiça de Alagoas por ter matado o irmão de um ex-governador em 1991.

Agora o que nos resta é esperar o resultado da perícia e o fim das investigações que apontarão se o batalhão de ações especiais agiu corretamente ao invadir o apartamento ou não. Mas convenhamos se isso não tivesse acontecido, talvez o seqüestrador nunca tivesse se entregado e a agonia se estenderia até hoje, já que ele mesmo com todas as vantagens não demonstrava nenhuma intenção de se entregar.
Crédito da foto: G1 - Globo.com
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4 comentários:

Morte Negra disse...

Este caso realmente moveu o país principalmente no desfecho, e ainda por cima para a surpresa de todos, a notícia de que o pai dela era foragido da justiça.

Vicente parabéns pela crítica do caso Eloá.

abraço

Guerreiro Antonio disse...
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Guerreiro Antonio disse...
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Guerreiro Antonio disse...
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